Marceneiro, você já se perguntou de onde vem a fita de borda que você usa aí na sua marcenaria? Já parou pra pensar no caminho que ela percorre para chegar até você?  

Agora, vamos conhecer todo o processo de fabricação da fita de borda… Papel e caneta na mão, que vamos te dar a receita de como produzir uma boa fita de borda!  

No total, são três os processos importantes para a produção da fita

  • Processo de extrusão  
  • Processo de impressão 
  • Processo de corte e acabamento 

Esses são os pilares para produzir uma fita de borda camaleão!

A matéria prima chega em forma de pó na fábrica, e é aí que acontece a transformação! A fábrica pega o pó de PVC, também conhecido como resina de PVC, e mistura com aditivos para começar o processamento. 

Essa parte do processo é o coração da estrutura da fita de borda. É ela que garante a maior parte das características da fita e propriedades de aplicação: se a fita vai estar macia, mais rígida, quebradiça, se vai refilar e destopar bem… um dos grandes segredos da fabricação da fita de PVC acontece aqui! Depois, essa mistura entra na extrusora, derrete e homogeniza na rosca, que é onde acontece a plastificação. Daí, a mistura passa pelo flat die, e no final de tudo isso sai o laminado de PVC, que é calibrado na calandra.  

Depois, se aplica o primer, na máquina de extrusão – ele faz toda a diferença no processo de colagem aí na sua marcenaria. O primer é aplicado no verso da fita de borda e é o responsável por promover aderência no PVC, já que o plástico é muito liso… sem o primer, a colagem não existiria. 

Se quiser saber mais sobre o primer temos um post completo sobre ele – é só clicar aqui! Depois desses passos, nasce o laminado, que é a base da fita de borda. Quanto mais próxima for a tonalidade do laminado com a tonalidade do padrão, mais camaleão a fita se torna!

Agora que a gente tem uma bobina de laminado pronta, nós vamos para a segunda etapa do processo. Uma curiosidade bem legal é que padrões como Branco TX, Preto TX e alguns outros unicolores já saem da máquina extrusora e vão direto para a refiladora, mas para os padrões madeirados ou padrões fantasia, por exemplo, ainda tem mais uma etapa, que é a impressão! 

O nosso processo de impressão é feito por uma técnica conhecida como rotogravura, que é um tipo de processo de impressão em que os cilindros possuem perfurações, que são responsáveis por transferir a tinta para o substrato. Ou seja, a tinta é transferida primeiro para o cilindro, depois para o laminado, e isso pode ser feito por 1, 2 ou 3 cilindros, dependendo do desenho que se deseja obter no final.

Esses cilindros são feitos de cobre, grafados a laser ou por peças de diamante e são revestidos com cromo ou níquel para garantir a resistência, e são responsáveis por criar o veio dos padrões. Na prática, estes cilindros é que dão personalidade ao padrão, ou seja, cada um é responsável por uma parte do desenho e a junção deles é que dá a aparência de madeirado, pedra ou tecido, por exemplo. Um ponto legal de destacar é que, nesse processo, a percepção de cor do operador é muito importante!

Ufa!.. Depois de tudo que vimos até aqui, deu pra ver que é bem desafiador criar um camaleão!  

Outra curiosidade super legal da Tegus é que, por ano, são fabricados mais de meio bilhão de metros lineares de fita de borda – isso dá para dar a volta ao mundo mais de 10 mil vezes! Imagina só quantos projetos são feitos com essas fitas?

Se quiser saber mais sobre esse processo, temos alguns vídeos sobre esse tema no nosso canal do Youtube, o QG do Camaleão!

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