Marceneiro, você já se perguntou de onde vem aquelas cores e padrões dos painéis de MDF que você usa aí na sua marcenaria? Quem tem essas ideias? Quem é que define o que vai ser tendência? 

Sabe o Branco TX, o Louro Freijó, o Gianduia ou o Carvalho Hanover? Eles são clássicos e são campeões de venda. Mas você sabe por quê?  

Tem muitas pessoas envolvidas nesse processo, mas vamos destacar agora o impressor e os designers. Eles são os responsáveis por transformar a ideia em um projeto – tudo começa justamente na ideia. Os designers buscam referências e inspirações nas tendências do mercado, como feiras e convenções… Estão sempre atentos a tudo que acontece ao redor do mundo!

A fabricação de um padrão costuma ter base em reproduções da natureza, e não apenas na madeira… Eles buscam também pedras naturais, grama, areia e tecido, por exemplo. Já reparou nisso? 

Para a escolha dos materiais e desenvolvimento dos padrões, precisa ser feita uma análise e também uma pré-seleção de conceitos. Os designers buscam referências e inspirações em todos os lugares, estão sempre atentos a tudo que acontece ao redor do mundo. 

Nessa busca por referências, é feita também uma seleção dos melhores materiais. Para essa inspiração, vale lâmina de madeira, um pedaço de pedra, uma foto tirada de areia, grama ou até mesmo um tecido; tudo pode se tornar uma inspiração para desenvolver as reproduções em papel decorativo!

Quando o processo de definir a coleção se inicia é feita uma análise para o portfólio. Ele é basicamente dividido em 3 categorias, que vamos explicar nos próximos parágrafos.

Os Eye Catchers são os destaques/novidades – os padrões que vão chamar atenção e são de nichos, ou seja, não tem volume muito alto. Eles podem fazer parte dos padrões fantasia, pedras, unicolores ou padrões híbridos. 

Outra categoria são os Comerciais, onde as madeiras mais elegantes, tecidos e pedras naturais estão. Eles vão suprir a necessidade do mercado, com grande chance de um deles se tornar o best-seller da coleção. 

Por último, temos os Padrões de alto volume: são os clássicos, mais lineares e com estruturas mais suaves para se formar o volume da coleção. 

Depois desse processo, começa a análise para estruturar essa coleção. Em geral, a matriz se compõe de 80% madeirados, que são os queridinhos e super tradicionais no mercado, 5% pedras e 15% fantasia/unicolores ,mas isso pode sofrer interferência das tendências do ano. Seguir as tendências internacionais é importante, mas conhecer o cliente e o mercado local é o que vai interferir diretamente o sucesso da coleção! 

Outro ponto é apresentação para os chapeiros – essa é a hora que a magia acontece! Os impressores vão demonstrar as referências da coleção e a aplicabilidade: falar “porquê a coleção faz sentido para aquele público”. Entender a necessidade do cliente, que nesse caso é o fabricante do papel, é muito importante: a ideia precisa fazer sentido e ser mais que uma tendência; precisa virar um queridinho do mercado. 

Se quiser entender mais e saber o que os especialistas no assunto dizem sobre esse processo, temos um vídeo super completo no YouTube sobre esse tema, e contamos com a ajuda de duas feras no assunto: Tati Sigel, que é Consultora de Marketing e já trabalhou para empresas de papel decorativo como a Schattdecor, e Jéssica Hori, Coordenadora de Produtos na Guararapes.  

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